Eu sempre quis acertar Mas me faltou pontaria Eu nunca soube cantar Mas sempre tive mania Nunca brinquei carnaval E nem saí da folia Nunca pulei a fogueira E nem dancei a quadrilha Eu nunca amei a ninguém Nunca devi um vintém Nem encontrei minha trilha Eu me perdi muito além Sendo meu próprio refém Na solidão de uma ilha Sendo meu próprio refém Na solidão de uma ilha Eu sempre quis requebrar Mas me faltou poesia Eu nunca soube remar Mas sempre tive ousadia Nunca joguei o destino E nem matei a família A minha sorte na vida Se escreve com c cedilha Eu nunca tive ideal Nunca avancei o sinal Nem profanei minha filha Eu me perdi muito além Sendo meu próprio refém Na solidão de uma ilha Sendo meu próprio refém Na solidão de uma ilha