Hoje rodando sem destino pela estrada Algo mais forte deu em mim, me fez parar Frente a porteira lá do sítio onde eu morava E uma lágrima no rosto vi rolar Alguns segundos pareceram eternidade Voltei aos tempos mais sublimes de minha vida E do presente desliguei a minha mente E embarquei rumo a infância tão querida Quanta saudade! Oh, meu Deus! Quanta saudade! A vida é dura, mas só posso agradecer Cada palavra do meu pai foi um tijolo Pra construir o meu caráter e o meu ser Tantas histórias e lembranças, modas boas Nossa casinha e um jardim todo florido Frente ao alpendre, oh, meu Deus! Quanta saudade Papai reunia a família e alguns vizinhos A prosa boa em frente à casa, no gramado Corria solta a criançada no pomar Tudo era festa, brincadeiras que rolavam Belas lembranças, muita história pra contar Papai contava pro vizinho sobre a roça Do que fez hoje e o amanhã como faria Em longas prosas discutiam experiências Dessa labuta e do suor do dia a dia Quanta saudade! Oh, meu Deus! Quanta saudade! A vida é dura, mas só posso agradecer Cada palavra do meu pai foi um tijolo Pra construir o meu caráter e o meu ser