Olha a noite Na cara dessa gente Latente, na cara Olha a tara Verdade marcada Jóia rara. Nas janelas Que flutuam na neblina Risos se escondem dos faróis Homens que suplicam De joelhos Meninas que trabalham No vermelho Aos olhos dos fantasmas De neon Mas na noite Tem olhos inocentes Carentes canduras Defloradas Tem, em cada canto, Uma cilada Paraísos, desejos proibidos O apelo da matéria Dá o tom Vozes se confundem Nas esquinas Com risos de meninos E meninas São todos pueris E fuliões Olhos se acendem Na cidade, no cerrado Vezes se encontram Nas esquinas Nos cercados Tem olhos que se fecham Em rebeliões