Dos seus sonhos de menina ela incutiu Ouvindo estórias de um velho pescador As travessuras de um ente que do rio Separava o bem e o mal pelo labor Dando abundância peixes ao pequeno Dificultando a pesca ao grande predador E foi assim que Marta em sua inocência Acho na lenda a essência do amor O Velho Chico deu pousada a paixão O por do sol aliviou a sua mágoa A noite intensa nutriu a sua ilusão De que tinha à mão o coração do Nego D’Água Fato é que Marta entregou-se ao desafio Dias a fio, velou por esse senhor Apaixonada feito uma gata no cio Enfrentou o frio sem perder o seu calor A beira rio com sua esperança farta Esperou o homem dos seus sonhos, o protetor E construiu o que no folclore deságua Marta e o Nêgo D’Água, uma história de amor