Abra a porta e solte o pano, mostre o corpo inteiro Esse é o ano pra ferver em fevereiro Não deixe que a vergonha possa se instalar Cada um, cada lugar Quem diz tudo e não diz nada desfez a palavra Desdizendo toda cor Repintou a passada, espera reformulada pela cabeça Num dia de bom humor Assentou-se no momento todo o seu contento Era ali e ali ficou Apresentado ao mundo fez-se presente imerso Sem pressa no verso, sentindo a cabeça Levantou do seu abrigo e já convencido Cantando nos informou: "eu tô fazendo amor" Eu tô mais vivo, mais vivo, mais vivo eu sou Vejo que a vida recém começou E quem canta é a criança, cai na roda e dança Deixa entrar Quem repousa o pensamento enxerga por dentro Um universo ao redor Fica leve como o vento, claro como acento Iluminado de sol Vai e tece novo dia, velha companhia, toda experiência É nova Canta alto de alegria, pula e contagia Quem tá perto é a prova: Eu tô fazendo amor! Tô mais vivo, mais vivo, mais vivo eu sou Vejo que a vida recém começou E quem canta é a criança, cai na roda e dança Deixa entrar, deixa entrar