Os olhos fechados, os pés no sol Uma canção na mente, nos lábios um assovio Embora chorasse ninguém ouviu. Nas mãos uns vinténs, no peito poréns. Resto de sonhos, um trauma e o mar. Embora perdido não quer chegar. Ele tenta entender por quê ela se foi. Ele tem medo que ela não vá voltar. Conta seus cacos, quer se recompor. E se não for nada pior, há de ser amor. Janelas fechadas, lá vêm temporal Seus versos rimados, sal e ardor Retrato rasgado, molhado e sem cor. Retoca a maquiagem: hora de partir Não sabe pra onde, mas vai seguir Antes ir embora depois decidir. Ela quis explicar, ele não entendeu. Ela achou melhor fugir. Traz em seu peito segredo, paixão e dor. E se não for nada pior, há de ser amor.