Um peso morto, pesado pesar Faz estrago na noite que não vai clarear Nem histórias de fada, nem canções de ninar, Nada do que te agrada vai te acalmar. À meia-noite a insônia te abraça Um pensamento te arrasa: hora de acordar! Não tem palavra exata, não tem que explicar, Nada faz sentido e tudo faz duvidar!!! Naquela noite, numa noite qualquer, Viu o que era, e o que não é. Quem vai pagar a conta? Quem vai pagar pra ver? Nada mais lhe sufoca: hora de respirar, Restos de passado se desmancham no ar, Na hora da verdade, ninguém consegue escapar! (No cinema um clichê violento americano Faz pose para foto um liberal republicano Na TV a pobreza vende carro novo Outro rosto maquiado jura amor ao povo) Eles falam de um tempo sem dor, Promessas, clichês: outro ditador! Eles garantem que vai mudar, "Chegou nossa vez, vocês tem que acreditar" São só novos nomes pra velhos erros, Na frente do espelho são todos iguais! É esse o caminho? O que a gente faz aqui? O que se quer? O que se faz pra conseguir?