No sertão do moxotó Vaqueiro corre no mato O seu couro é só maltrato De jurema e de malícia Mandacaru, xique-xique Toda galha enviesada Vira faca amolada Pronta pra dar o talho Mas tal qual os cavaleiros Dos tempos medievais O matuto também traz Armadura em seu corpo Trajado de grosso couro Montado em seu alazão Não tem rês nesse sertão Que escape do seu laço Mas tem um tipo de talho Que o gibão não empata Nem armadura de prata Consegue lhe segurar É o talho do amor Quando pega um peito aberto Sempre acerta o veio certo Não tem nem como escapar Quebra com a ignorância Amolece a valentia Faz da noite logo dia No instante d'um piscar Só me falta um guarda peito De couro fino curtido Que segure o remoído Do amor a maltratar