Não há mais o circo infame Nem labaredas flamejantes Não há mais gladiadores ou leões Não há mais pedras cortantes Nem espadas perfurantes Não impera mais o Talião Foram setenta vezes sete E quantas vezes se inverte A essência da lição À beira do Tiberíades Caíam bênçãos em miríades Consolando os corações E, lá do Monte, brilha a Fonte Eis o Sermão Bem-aventurados os que usam o perdão Bem-aventurados os que cantam a canção Bem-aventurados os que choram Bem-aventurados os que oram Não há mais Pilatos E nos julgando fracos Ainda lavamos nossas mãos Não sofremos escarninhos Nem coroa de espinhos E suplicamos compaixão Cai o véu de indiferença A Boa Nova em renascença Surge terna de emoção Do Gólgota ao Calvário É puro educandário Rumo à perfeição E, lá do Monte, brilha a Fonte Eis o Sermão Bem-aventurados os que usam o perdão Bem-aventurados os que cantam a canção Bem-aventurados os que choram Bem-aventurados os que oram