Cangaço

Abreu e Lima

Cangaço


Após a morte do pai, executado
De capitão a preso foi
Martírio sentido com os olhos
Revolto nas veias, obrigado
Lágrimas em sangue convertidas
Para o outro lado das Américas transportado

Incorporado àqueles que lutavam pelo direito
De ser, crescer, decidir em frente
Em exercício a El Libertador, luchó con fé
Fidelidad, coragen, bravura independiente

Na grã Colômbia, utópica. De capitão a general foi
Valor e intrepidez, honradez sem limites, de conduta inatacável
Firmeza de caráter, prudência
Impecável

Suor e sangue em Boyacá, ponte para liberdad
Em Carabobo, Paseo de los Heroes
Em Puerto Cabello, foi artilheiro
Nas letras e nas armas, verdadeiro guerrilheiro

De volta ao Brasil compartilhou
Aos imperadores seus feitos e saber
Aposentada a farda militar. Dedicou
Apenas às palavras, inspirado poder

Mesmo assim, novamente réu virou
Detento na ilha, isolado à natureza
Praieira, dois anos lá passou
Absolvido então, provada sua firmeza

Na velhice em Recife, de general à vítima foi
Rapto dos troféus de uma vida
Suas Medalhas e condecorações
Por um ladrão subtraídas

Em 9 de março desencarnou
Só, entre os ingleses na Cruz Cabugá, descansou
De Recife, um justiceiro social
Soberano Grande Inspetor-Geral

Das Américas unidas do planeta
O ser humano em uma imensa e só família
Abreu e Lima

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