A lua do mindelo é velha estrada É S. Vicente é morna, encruzilhada No quarto minguante, é fria e distante Quando ainda é nova, brilha insinuante Depois para crescente, seduz triunfante E nua de cheia, vestida de amante A lua do poeta, é namorada É musa que ilumina a minha estrada Vazante minguante, é barco ancorado Luar, maré nova, bolero encantado Remar da nascente, rimar a crescente Lua de mel cheia... na casa da gente