Axé meu povo Axé babá Bate nego no atabaque Para teu povo cantar Foi a partir do ano de 1500 Quando os negros chegaram A terra do pau Brasil Vinha dentre a sua bagagem Com a esperança de um dia conseguir Conviver em plena liberdade E ter uma família feliz E hoje estou aqui No palco de minha vida Navio negreiro Para o aplauso da avenida Axé meu povo Axé babá Bate nego no atabaque Para teu povo cantar Trabalha, trabalha negro Já se dizia o senhor Nos braços fortes do negro Que o Brasil repousou Antes de chegar na terra santa Em alto mar Os negros vinham numa caravela Trazendo consigo Herança de senzala Crença que por eles exala Para o mundo a tradição nagô Deu na canela do negro Do outro lado ecoou Bateu forte pisou fundo Então o negro cantou Deu na canela do negro Do outro lado ecoou Ao pisar na terra santa Então o negro cantou Brasil Para o mundo tu és terra abençoada E nada vai mudar alegria que tem de viver Sofrer, sorrir, lutar Lutando junto nós vamos vencer Deu na canela do negro Do outro lado ecoou Bateu forte pisou fundo Então o negro cantou Deu na canela do negro Do outro lado ecoou Ao pisar na terra santa Então o negro cantou