Quando o sol baixar os olhos sobre o dia,
Vestir o chão de cor, o céu de luz,
Varar vidraças, invadir as casas,
E iluminar os homens pelas ruas.

Aí, mostrar seus gestos,
Olhos, mente, rosto, corpo, alma e coração.
- Os homens se parecem iguais vistos de um avião -
Pena que não, pena, só ilusão.

Há  homens que são flores,
Outros, temporais;
Homens, barcos a vela,
Outros que são cais;

Enquanto uns, liberdade,
Tantos, só  censura;
Quantos água mole
E tantos outros, pedra dura.

A gente é  bom e mau,
É vento brando, é vendaval,
É mel e sal, é pedra e pau,
Nanquim e cal,
Companheiro e rival.