Ai! A fonte dos meus olhos Entre mil espórios desta dor Nenhuma lágrima derrama Oh! Como sofre quem ama Nenhuma gota d’água Para exprimir minha mágoa Sofro, sem prantear, embora Mas não é só quem chora que padece Os espinhos da paixão A lágrima é mais pungente Chorada interiormente E derramada pelo coração! Não há um lenitivo para só o que sinto Eu tenho um labirinto de tristeza dentro d’alma! E quando a dor se espalma dentro em mim Se debruça, meu coração soluça Quer saltar do peito em pranto se desfaz! Ninguém entenderá meu ais A causa porquê não choro mais Vós que me vês, vosso amor a cantar Prantos e lágrimas dispersos Eu transformei em versos Porque só nas rimas que eu sei chorar Quanta gente que vive a sofrer Cujo olhar pode olhar, não revela, não diz! Outro vive banhado em pranto E, no entanto, é feliz, bem feliz Tendo a dor tão sublime é um crime, é um pecado Com prazer uma lágrima confundir Que é vertida em sinal de alegria Não pode nossas dores fielmente exprimir!