Cândida Branca Flor

Lagarta da Couve

Cândida Branca Flor


Dona lagarta é fedida lá entre a lagartaria
Tem mais curvas que o morróm, pisca o olho noite e dia
Que só faz fitas de amor daquelas cheias de mel
Nunca se engana nas deixas, sabe sempre o seu papel

Tira a lagarta da couve
Não a deixes comer mais
Se ela engordar da cintura
Não faz papéis principais
Tira a lagarta da couve
Não a deixes comer mais
Se ela engordar da cintura
Não faz papéis principais

Nas revistas de cinema faz sempre fotografia
E dizem que vai ganhar o Óscar da Academia
O ordenado por fita sobe sempre cada vez
Só os assinar contratos a trinta couves por mês

Tira a lagarta da couve
Não a deixes comer mais
Se ela engordar da cintura
Não faz papéis principais
Tira a lagarta da couve
Não a deixes comer mais
Se ela engordar da cintura
Não faz papéis principais