(Mareia) O "zóio" se enche d'água porque não sabe rezar O canto é muito triste e não se pode esbravejar A caatinga só castiga aquele pobre a se arrastar Pra sua Meca só caminha com os pés até sangrar (Mareia) Macaxeira é mandioca, a raiz pra alimentar O suor do seu vintém é o que sustenta seu lugar O do vinagre vai preso e o da Mercedes vai gozar E o governo diz que não precisa escola pra estudar (Mareia) A barragem só se aguenta se a propina se enterrar E "as vista" se mareia em ver o rio se enlamear Mas a vale não é doce, o açúcar vai azedar De que vale os seus "minério" se quem fica morre lá? Alcunha de bandido é pleonasmo se pensar Ao Cunha, de bandido, é pleonasmo. O terno sujo de sangue não tem água pra lavar O terno sujo de sangue não tem alma O terno sujo de sangue não tem alma pra lavar O terno sujo de sangue não tem água