Lá no bairro onde eu moro Na fazenda do Pau D’aio Todo dia eu me divirto Lá na venda do Sampaio A peãozada reúne Pra cantá e jogá baraio Todo mundo me conhece Por nome de quebra gaio Pra fazer o meu passeio Tenho o meu cavalo baio Quando tem festa no bairro É certeza que eu não faio Quando entro no catira Eu faço tremê o soaio As teia da casa cai Por não resisti o chacoaio Onde eu canto cururu Pros violeiro eu dô trabaio Eu passo a mão na viola As morena logo atraio Na batida do meu pinho Pra cantá não me atrapaio Eu sou duro que nem aço Não sinto o peso do maio Pra cantá um desafio Não preciso fazê ensaio Os meus verso tem veneno Nos violeiro dá desmaio Na hora da despedida Sempre digo quando saio Adeus senhores que fica Vai-se embora o quebra gaio