Vim jogar o jogo no miolo do oco da selva de pedra e tormenta Permeando entre as luzes caóticas Cuspindo fogo pelas venta Ar em sólido estado Cimento assentado em florestas cinzentas Se eu não morrer, será que eu viro rei? Se eu não morrer Vim quebrar a cuca Vim dançar o coco, ver até onde a alma aguenta Entre abismos nada filosóficos Sinto que o surto se retroalimenta Almas petrificadas, desafiadas Acordadas quando o cão atenta Se eu não morrer, será que eu viro rei? Se eu não morrer Mesmo que nada dure E o tempo não cure minhas feridas Mesmo que eu enlouqueça E não mereça ter merecido Se eu não morrer Vim marcar na pele Vim olhar no olho da verdade que se apresenta Caminhando em brasa Embrasei minhas ideias na calma que me alimenta Corações apertados de mães em pranto Acalmados na fé que afugenta Mesmo que nada cure E o medo não dure por mais essa vida Mesmo que eu pereça E não mereça ter merecido