Em cima de uma tumba Que está abandonada Eu vi um par de espora De sangue toda manchada Em um pé da sobre pedra Gravado a ponta de faca As primeiras letras grandes Fala de um peão espora de prata Peão espora de prata Nunca teve amor na vida Seu riscado de espora Era convite de briga Até que chegou o dia De enfrentar um menino Que conheceu a espora E o assassino do pai querido O menino se armou Com um chicote trançado Para enfrentar com coragem Aquele peão malvado A mãe do pobre menino Trancou-se dentro de casa Orando ela ouvia Que lá no terreiro o chicote estalava No relógio foi marcado Duelo de uma hora Só se ouvia o chicote E riscado de espora Chamou a querida mãezinha O peão foi derrotado Este que matou meu pai Caiu no chão retalhado