Meu querido e bom amigo conterrâneo Estou chegando agora da nossa terra Conforme você pediu eu passei um dia Na sua casinha branca ao pé da serra Quando fui aproximando lá no terreiro O seu cachorro campeiro latiu uivando Seu cavalo relinchou perto da porteira Pensavam que era você que estava chegando O galo índio cantou feliz no poleiro Correndo sua mãezinha veio à janela Notei que a pobre velhinha sorriu chorando Foi quando eu transmiti seu recado a ela Sua velha espingarda cartucheira Está no mesmo lugar que você deixou O seu violão amigo está pendurado Depois que você partiu ninguém mais tocou Nem mesmo a sua sela de montaria Depois que veio embora ninguém usou Sem você aquela casa é tão vazia Chorando sua mãezinha assim me falou Amigo, volte depressa pra nossa terra Peça licença uns dias na faculdade Amigo, seja um bom filho e volte pra casa Não mate sua mãezinha de saudade