Três e quinze da manhã e eu aqui Algemado por lembranças, que sempre impedem de fugir O meu coração seqüestrado , cujo resgate não foi pago Ninguém nunca o encontrou Quando bebi da sua lágrima eu me afoguei Quando comi da sua carne, fui devorando e nem pensei No seu coração amedrontado, Por alguém que lá no passado Um dia o apunhalou E a chuva que cai sobre as nossas cabeças Não faz com que a gente esqueça De achar que sempre há um sentido Que nem tudo está perdido