Tic-tac sola na sala azul E eu aqui com as minhas lembranças Ancestrais Tempo velho, velho tempo De luz negra Assombrando meus temores Apague a luz, agora E eu que vivo vivendo A morte viva da sua memória Viva ao menos uma vez Acende a luz, agora Seus murmúrios, seus desvios Escuto a mil por hora Cansei de ser seu museu estampado Fim de história Cansei de enxugar a estrada com a brisa E ver o Sol se pôr no asfalto Encurtar a linha da pipa Ver o guri todo empenado Catar as folhas secas do outono Do ano passado Exilar o medo e aquelas sensações Alternativas, escolhas doídas Fotografias me causam tédio Frio na barriga Só quero um pouco de paz Meu favorito, constante É o vício, redundante ciclo Teus calafrios são meus também