Quem são esses incrédulos que falam de Deus Sendo que não respeita e nem aos filhos Seus São hereges, infames, otários que não tem noção Que não se deve dizer Seu santo nome em vão Eles não o conhecem como nós O vemos a toda hora, ouvimos Sua voz Pra que todos O conheçam, nós vamos mostrar Cambio Negro agora vai falar É a menina de rua que se vende por comida É o feto abortado sem direito à vida O molequinho barrigudo de nariz escorrendo Trabalhador nordestino de sede morrendo Também o Aidético em fase terminal A prostituta na esquina de quem eles falam mau Tal qual Judas com certeza eles sempre traem Pobres infelizes mataram o próprio pai Deus é o cego, surdo, louco e o retardado A estuprada, mãe solteira e o aleijado A empregada doméstica, o idoso e o lixeiro Deus é tudo e todos o tempo inteiro Zombem do Seu santo nome cães infiéis Chegará o Apocalipse, beijarão Seus pés Descendo lágrima de sangue em vão Pois não haverá perdão, ficarão na ilusão Ninguém lhe dará as mão Descerão a mansão dos mortos na esperança De ressuscitar no terceiro dia Mas já sabe qual será a sua moradia Sentado pela eternidade dia e noite, noite e dia Junto a sombra sombria de quem foi anjo um dia O que está dito, está dito O que falei, tá falado Não sois filhos de Deus cães, E sim daquele cujo nome não será citado Talvez não creem que o supremo Senhor Virá um Dia, então queimem no fogo do inferno, imbecis E que se cumpra a profecia... Deus é piedoso véio...