Puxo o gatilho, mas não literal, emocional É sempre assim quando ela chega a noite, eu sei, é sempre igual Faz tempo que já não me sinto assim, eu tava até normal Já tentou parar teus pensamentos? Cara, surreal Me abro tanto numa poesia Mas é uma válvula de escape Uma segunda via, de uma vida Mas aqui eu que to no controle Pensando bem, controle nunca tive, cada verso me consome Eu faço o que posso quando to sóbrio Mas é ébrio que me encontro, que me inspiro Que escrevo tudo que sinto Duas garrafas de absinto te abstém do pensamento E um conflito: O que se vive? Se é que ta vivendo Fala pra mim, 'cê já pensou em desistir? Todos os dias, nos motivos pra parar Tem dias que 'cê só se cansa de existir E tem dias que tiram tua força de continuar Mas um sonho nunca morre irmão Só pegar a direção Eu decido se o destino é profecia ou maldição Não decido se minhas tentativas todas falharão Mas já ta decidido que eu não morro na imaginação Eu nunca vou parar, e sendo assim, pra que a pressa? Não vou me expôr pra lá, pois eles esperam uma brecha Só faltam fazer festa quando veem outro na merda Eu nunca fui bom de xadrez mas eu conheço as peças Difícil mesmo é mostrar algo tão meu Fazer arte é fácil, eu quero ver você se expôr Profissão artista, não me julgam mais que eu Me sinto sempre lapidando um sonho bom feito de dor Eu compro a briga com meu próprio eu-lírico Nossa diferença é que ele não é tão ético Mas ele que conta minhas histórias, que irônico Eu sou verdadeiro, mas as vezes ele é assim tão sintético