Quisera então saber toda a verdade De um chapéu na rua encontrado Trazendo a esse dia uma saudade D´algum segredo antigo e apagado Sentado junto à porta desse encontro Ficando sem saber a quem falar Parado sem saber qual era o ponto Em que devia então eu começar Parada na varanda estava ela a meditar Quem sabe se na chuva, no sol, no vento ou mar E eu ali parado perdi-me a delirar Se aquela beleza era meu segredo a desvendar Porém apagou-se a incerteza Eram traços de beleza os seus olhos a brilhar E vendo que outro olhar em frente havia Só não via quem não queria da paixão ouvir falar Um dia entre a memória e o esquecimento Colhi aquele chapéu envelhecido Soltei o pó antigo entregue ao vento Lembrando aquele sorriso prometido As abas tinham vincos mal traçados Marcados pelas penas ressequidas As curvas eram restos enfeitados De um corte de paixões então vividas