Quando Lisboa escurece E devagar adormece Acorda a luz que me guia Olho a cidade e parece Que é de tarde que amanhece Que em Lisboa é sempre dia Cidade sobrevivente de um futuro sempre ausente de um passado agreste e mudo Quanto mais te enches de gente Mais te tornas transparente Mais te redimes de tudo Acordas-me adormecendo E dos Sonhos que vais tendo Faço a minha realidade E é de noite que eu acendo A luz do dia que aprendo Com a tua claridade