Ninguém sabe por que fados Os ventos sopram sozinhos Às janelas da saudade arrastando tempestades Que nos fustigam as carnes Desfazendo com uivados O que foi a nossa imagem Resto de nós, quase aragem À janela À janela À janela E haverá um lugar Onde toda esta colheita De razões mais que maduras Fermente enfim descansada Desfazendo até ao osso Este esboço de pureza Desfeito em água mirada Que está aonde e é o quê À janela À janela À janela Bato ao postigo, à vidraça Responde o ego, batendo Não sei se lá está alguém Ou não quer, não pode ouvir-me Quisera eu estar lá dentro E fora também, batendo Quisera eu ser alívio P'ra nosso alívio encontrar À janela À janela À janela