Fico sozinho e sentado, olhando pela janela Vejo o mundo alienado, e me sinto numa cela Preso no meio do cinza e da monotonia É mais um dia como outro dia, nessa rotina Estressante, mas por um instante, quem diria O céu se abre, e o Sol brilha É como acontece dentro da minha cabeça Quem dera fosse moleza, fazer nela uma limpeza Incerteza, tem mais do que álcool no absinto Tranquilidade já tá mais pra um animal extinto Mas de repente eu sinto, uma paz ilusória Vontade de ir seguindo, a minha trajetória Como se tudo na vida fosse falso como um jogo E fosse, da hora ter que atravessar o fogo Mas isso dura pouco e vem a escuridão de novo Quanto tempo mais vou aguentar esse sufoco? E cada pôr do Sol que eu vejo é uma facada É menos tempo que eu tenho pra ficar nessa estrada Inacabada eu não fiz nada foda o suficiente Impotente, eu não quero ser só mais um indigente Vendo o mundo se acabando, bem na minha frente Quero um futuro, mas já não tô tendo um presente Do mundo da maldade, eu não faço parte Pra falar a verdade dá, até vontade De viver sozinho, tipo lá em Marte Não é que eu esteja agindo como um covarde Mas sinto algo estranho, um tipo de ansiedade Tenho que fazer algo, antes que seja tarde Tipo um bêbado que bebe e esquece os problemas Se livra das algemas, é uma besteira extrema Nesse esquema, o álcool até parece que ajuda Mas, no fundo, se sabe que, na verdade, nada muda Falando em fundo, minha mente me afunda Me afogo em pergunta, na preocupação imunda Minha mente me tortura, me faz prisioneiro E fugir dessa loucura, já não tem mais jeito Quando se quer viver, mas só querer já não basta Insegurança já tá vasta, autoestima também gasta Pro fim o mundo se arrasta, e eu aqui isolado Inconformado, vendo a vida entrar pelo ralo Preocupado, com cabeça lá do outro lado Pensando em como todo esse lixo tá errado Do mundo da maldade, eu não faço parte Pra falar a verdade dá, até vontade De viver sozinho, tipo lá em Marte Não é que eu esteja agindo como um covarde Mas sinto algo estranho, um tipo de ansiedade Tenho que fazer algo, antes que seja tarde Antes que seja tarde Mas o que tenho que fazer? Essa que é a grande questão Porque eu vivo um suspense, desses de televisão Não importa o quanto eu pense, não encontro a solução Nada mais te derruba, quando já se tá no chão Decepção, mas eu tô achando que não Ainda dá pra cair mais, meu irmão Tá ligado o ditado: O que tiver que ser será E se não for pra ser nada, vale à pena aceitar? Vivo esperando algo que eu não sei nem o que é Mas eu tento ficar firme, eu tento ficar em pé E esse mundo injusto só me deprime As pessoas se alienam, e só aumenta o crime Eu queria poder dormir sempre, sempre sossegado Mas isso não me abala por completo Eu vou vivendo e correndo sempre pelo certo Do mundo da maldade, eu não faço parte Pra falar a verdade dá, até vontade De viver sozinho, tipo lá em Marte Não é que eu esteja agindo como um covarde Mas sinto algo estranho, um tipo de ansiedade Tenho que fazer algo, antes que seja tarde Antes que seja tarde