Tento juntar Todos os pedaços de mim que caíram Ninguém pode entrar Não quero que vejam assim Destruído no chão Rápido, seca essas lágrimas Do teu rosto pálido Põe a tua máscara Para os dias pérfidos Tento fechar Todas as chagas em mim que se abriram E me encontrar Mas acho que sempre fui assim Sem juízo ou razão Ósculo, fervente e súbito, Bem no peito inóspito Contrasta com o último Tão escuro e gélido Uma mão que me afaga quando um grito escapa Só lhe basta um sopro E tudo se abala O que é será que faço Queria um abraço Acho que não posso Dar nem mais um passo Um bem que me faz falta No mal que se espalha É tanto, cansei Quando é que o ano acaba? Noites em descaso Num pranto amargo E só aumenta a dor Que sinto a cada passo