Sentir-se forte e moleque na morte Eu nunca vi, ainda tá pra existir Olha que vi tanta vida varrida Sair de passo arrastado daqui Nunca serei a cabeça rolada Nem serei arma que fere o que vir Me encontrarei a encarar própria cara Numa esquina com um sonho pra ser Contrariar todo limbo de um velho É impedir a criança de ver Que a única coisa certa nessa vida É receber má lida sem que nem porque Mesmo assim segue no círculo lento Matriculada nessas capitais Caro é o couro que carrega a fome Pra chegar em casa e ter que trabalhar mais Mais um canto pra estancar Bota farinha pra render porque Lá em casa mais um neném chora E há quem possa duvidar Botar farinha pra render não é Notícia de última hora Sentir-se forte e moleque na morte Eu nunca vi, ainda tá pra existir Olha que vi tanta vida varrida Sair de passo arrastado daqui Nunca serei a cabeça rolada Nem serei arma que fere o que vir Me encontrarei a encarar própria cara Numa esquina com um sonho pra ser