O meu tempero de vida É esperar que os dias Passem lentamente E devagar que se demorem as alegrias O meu tempero noturno É criar um mundo perfeito Como a sensação de um banho gelado E o não-frio do aconchego Me dê essa tal honra De poder descansar no teu peito De suar contigo e imaginar Um amor maior um afeto aceito Como um calo aberto De sapato novo Tua paixão feriu meus pés Indo/ na bala d’agulha Guardando a fagulha Que ficou aqui... Tua Por mais que eu vá Pro outro lado da rua A calçada oposta me faz lembrar Da tua voz rebelde e crua Cuidado, Eu te desejo todo o bem Mas agora já não posso te entregar Meu amuleto, meu refém... Chão, céu e feridas Resumem nossas vidas Que passam e voltam ao mesmo lugar E tudo me faz convencida Que o tempero da vida Foi e sempre será Amar!