Caju & Castanha

Repentista do Mundo

Caju & Castanha


Da vida sou mero duvidador e do mundo sou andador
Garrote sem boiada
E quem voou, no vento que me trouxe
Logo imaginou que eu fosse
Me perder na revoada

Desmiolado, doido, atirado
Sobra lhe a telha querendo te acertar
O homem do lirismo a minha rima fecundou
Mas o teu desamor fez o meu verso desandar

Se vejo o tempo enublado eu não corro
E se faz frio por aí, não me arrepio
De Petrolina até o Crato eu caminhei
Como o cego Aderaldo, eu pelejei no desafio

Abri picada, derrubei barreira
Inácio da Catingueira tremeu no meu repente
Com Augusto dos Anjos desnudei a humanidade
Requeri paternidade, registrei patente