Numa fazenda de grande porte No interior de Minas Gerais Com milhares de bois na invernada O tal fazendeiro era um dos maiorais. Arrogante, perverso e cruel Escoltado por seus capataz Sem direitos e sem regalias Seus empregados não tinham paz Sob o comando no pé da linha A esposa que tinha sofria demais. O seu filho um jovem descente Contrariado com o que o pai fazia Encarou o velho com firmeza, Era o que o fazendeiro não admitia Pôs o filho pra fora de casa Só com a roupa que ele vestia Deserdou o menino e falou, Que mais nada a ele pertencia Soluçando saiu pela estrada e ao longe a mãe na janela ele via. Sem auxílio mas com muita fibra Pra bem longe esse moço partiu Recomeçar na cidade grande De vencer na vida nunca desistiu. Mais de dez anos longe de casa Quanta saudade da mãe sentiu Fazendeiro foi se complicando E o coração cada vez mais frio Estava perdendo parte das terras que um dia na força ele adiquiriu. Fazendeiro perdeu a demanda No tribunal ficou arrazado Quase o dobro da herança do filho O valor a ser pago foi estipulado, Na vitória do seu oponente Foi brilhante um moço advogado Fez questão de ir até o fazendeiro Foi dizendo com modo educado Que surpresa meu pai sinto muito Mesmo sem herança estou realizado.