Minha espora é banhada a ouro Meu cinto de fivela texana As minhas botas são de puro couro O dorso do animal é minha cama A força dos meus braços vem da terra Na arena é que faço minha vida O cristo na corrente em meu pescoço E no chapéu Senhora Aparecida Da arquibancada ouço o grito da galera Que torcendo contra a fera me faz ser um vencedor E alguém que conta os segundos e cruza os dedos Chora e pede em segredo: "Deus, proteja me amor!" Eu conheço as manhas do cavalo E do boi conheço a traição Por mais que seja forte não me rendo Meus punhos não me deixam ir pro chão Os olhos do juiz me apavora E os dela me conforta o caração No lombo do destino eu faço história Nessa hitória vida de peão Da arquibancada ouço o grito da galera Que torcendo contra a fera me faz ser um vencedor E alguém que conta os segundos e cruza os dedos Chora e pede em segredo: "Deus, proteja me amor!" Da arquibancada ouço o grito da galera Que torcendo contra a fera me faz ser um vencedor E alguém que conta os segundos e cruza os dedos Chora e pede em segredo: "Deus, proteja me amor!"