Vou deixar você ir, enquanto te observo a caminhar perdida Andando por ruas desertas, procurando vida Se quiser falar de amor, falaremos Te escuto, mas não me iludo Dou um sorriso de canto de boca O nosso amor foi um fruto Que eu supus o sabor antes de provar Gostava das suas brincadeiras sérias Seus olhos contrariando sua boca Nada foi como devia ser Ninguém é alguém sozinho, por mais forte que pareça E não se esqueça de me trazer Um punhado de amor e dois dedos de ódio Ouvi sua voz cantando a nossa musica E lembrei que a gente sonha e vive de sonhar E ouso te dizer, amor, não há mais como viver assim Me lembro dos seus lábios me buscando Dos seus problemas, do seu bom-dia Das paredes do seu quarto Que vigiavam nossos retalhos Preciso esquecer, mas, sem querer, eu lembro de você Sinto um nó na garganta, bebo um coquetel de dor e prazer Quero te dar um fim, te matar dentro de mim