Lembra o ontem, enxerga longe Percebe, quanto tempo já passou E se vendo barco, solto aderiva Fugindo de onde havia dor Na saga nordestina, a vida Severina Mesmo com sede, não largam do sertão E não cruzam os braços, feridos ou cansados O sal na face dos filhos deste chão Foi no cangaço que o bravo virou lenda Enlouquece lembra a sena alguém reza uma novena Que a vingança sega os olhos e a saliva falta a boca Correndo como um louco com o sangue fez justiça Nas cruzadas da caatinga, da caatinga De tantos atos escritos e manchados Quem salva a pele a vinda de um amor Por que no caminho não tem que ser sozinho E fez da bela, rainha do sertão Se fez devoto do meu padinho Ciço Separado de corisco, não contava com a sorte A noticia da sua morte, na escada uma bandeja não morria a história que fez Foi no cangaço que o bravo virou lenda Enlouquece lembra a sena alguém reza uma novena Que a vingança sega os olhos e a saliva falta a boca Correndo como um louco com o sangue fez justiça Nas cruzadas da caatinga, da caatinga