Caetano do Engenho

Quando Eu Quebrei Meu Violão

Caetano do Engenho


Quando eu quebrei meu violão chorei
Desatinei, perdi o senso por um mal de amor
Como pude cometer tal desatino ingratidão
Com quem sempre me acalentou

Quando abri a porta do barraco deparei
Com um vazio e uma imensa dor
Nem ela nem os discos do cartola
Dos sambas da minha escola
Tudo mais ela levou 

Quando abri a porta do barraco deparei
Com um vazio e uma imensa dor
Nem ela nem os discos do cartola
Dos sambas da minha escola
Tudo mais ela levou 

Porém esqueceu meu violão
E buscando uma razão
Por acaso dedilhei
Um samba que eu fiz com nome dela
E vestido de emoção eu quebrei

Amigo inseparável na boemia
Uma linda parceria
Suas cordas e os meus vocais
E hoje quanto entoo os meus versos 
Com tristeza e sem sucesso
Suas cordas eu não ouço mais

Amigo inseparável na boemia
Uma linda parceria
Suas cordas e os meus vocais
E hoje quanto entoo os meus versos 
Com tristeza e sem sucesso
Suas cordas eu não ouço mais