Caçula e Marinheiro

Vingança de Ringo

Caçula e Marinheiro


Isto aconteceu no nordeste quando a lei era a bala
E o cangaço dominava todo o sertão
Um homem foi morto injustamente, cruelmente
Por um dos capangas da quadrilha de Lampião

E este homem tinha um filho por nome de Ringo
Que jurou vingar um dia a morte de seu pai
Ringo foi crescendo, crescendo
E aquela negra lembrança aumentava cada vez mais

A mágoa e o ódio em seu coração
Um dia despediu-se de sua mãe
E lá foi Ringo em busca do homem mau
Que matou o seu pai a traição

Saiu galopando
Cortando estradão
Até que um dia
Encontrou o valentão

Corisco era o homem
Do seu juramento
Foi um tiroteio
Naquele momento

E o Ringo não quis
Deixar pra depois
Foi chuva de bala
No encontro dos dois

Até que afinal, Corisco, nos encontramos
Há muito tempo que eu estava te procurando
- Há há há há há há!
Já sei, quer um emprego, não é?
Se for esperto e bom no gatilho, me serve
Vendêro, enche um copo de cachaça
Pra esse cabra da peste tomá
- Não Corisco, eu não bebo com cangaceiro
- Há há há há!
Ué bichinho, tu parece que tá nervoso, quem é tu?
- Eu sou aquele menino que jurou de um dia vingar a morte do pai
E aqui estou para a vingança
- Pois não, cabra, comece a fazer o sinal da cruz que já vai bala
- Cuidado filho! 

Naquele duelo Corisco tombou
O homem que era valente acabou
Pagando bem caro o que praticou
E o Ringo cumpriu o que ele jurou

Corisco morreu
Foi triste seu fim
Todos os valentõeserminam sempre assim