Isto aconteceu no nordeste quando a lei era a bala E o cangaço dominava todo o sertão Um homem foi morto injustamente, cruelmente Por um dos capangas da quadrilha de Lampião E este homem tinha um filho por nome de Ringo Que jurou vingar um dia a morte de seu pai Ringo foi crescendo, crescendo E aquela negra lembrança aumentava cada vez mais A mágoa e o ódio em seu coração Um dia despediu-se de sua mãe E lá foi Ringo em busca do homem mau Que matou o seu pai a traição Saiu galopando Cortando estradão Até que um dia Encontrou o valentão Corisco era o homem Do seu juramento Foi um tiroteio Naquele momento E o Ringo não quis Deixar pra depois Foi chuva de bala No encontro dos dois Até que afinal, Corisco, nos encontramos Há muito tempo que eu estava te procurando - Há há há há há há! Já sei, quer um emprego, não é? Se for esperto e bom no gatilho, me serve Vendêro, enche um copo de cachaça Pra esse cabra da peste tomá - Não Corisco, eu não bebo com cangaceiro - Há há há há! Ué bichinho, tu parece que tá nervoso, quem é tu? - Eu sou aquele menino que jurou de um dia vingar a morte do pai E aqui estou para a vingança - Pois não, cabra, comece a fazer o sinal da cruz que já vai bala - Cuidado filho! Naquele duelo Corisco tombou O homem que era valente acabou Pagando bem caro o que praticou E o Ringo cumpriu o que ele jurou Corisco morreu Foi triste seu fim Todos os valentõeserminam sempre assim