Encilhei meu pingo amigo Que adivinha o meu desejo Faz tempo que eu não vejo Aquela que amo tanto Aquele rostinho santo Que mora junto ao regato Minha linda flor do mato Gaúcha do meu encanto Pendurada na garupa Levo minha gaita amiga Companheira de cantiga Na alegria e na tristeza Seus acordes com certeza Quebra o silêncio enorme Do leito onde dorme Sonhando minha princesa Quando chego no terreiro Da casinha entre a mata Canto verso em serenata Pra minha prenda querida Que desperta comovida Do leito fica me ouvindo Está chorando e sorrindo Gaúcha da minha vida Quando minha voz se cala Sorrindo ela se levanta Me representa uma santa Que aparece na janela Meu corpo se une a ela Num feliz e longo abraço Do tamanho do espaço Que passei distante dela