Naquele velho angico corcomido e desfolhado Bem na beira do caminho do lugar que fui criado; Dois nomes num coração no tronco estão gravado, Eu gravei o nome sabendo que era amado. E ela gravou o meu Por que sabia que eu era o seu apaixonado. Com ele no pensamento eu lavrava o duro chão E quando o sol despedia pra esconder no espigão Eu encontrava com ela sentindo grande emoção No pé do velho angico ouvia a nossa canção Da pombinha que cantava Parecendo que estava sentindo a nossa paixão O tempo foi se passando nosso amor se evoluiu Mais um dia o destino sem piedade nos traiu Uma cobra cascavel nosso sonhos destruiu Pra vida da eternidade minha amada despediu Ao perder quem eu queria Senti que minha alegria com ela também partiu O meu coração ferido e os olhos marejando Na sombra do angiqueiro nosso amor fui relembrando; Com o cantar da pombinha minha dor foi aumentando Sai pelo mundo afora com a dor me acompanhando Meu sofrimento é profundo Mas sei que no outro mundo meu bem está me esperando.