Danço lambada e frevo namoro com a canção Todo pagode que escrevo é remédio por coração Sou espelho da paciência to vivendo por amor Envio correspondência no bico do beija flor. Água subiu no telhado, bomba explodiu na trincheira Eu vi navio naufragando e morte na corredeira Na vida do corre-corre, na guerra do dia a dia Só meu pagode não morre porque a guerra é de poesia. O fogo da violência é um vulcão que explode Apago com competência nos versos do meu pagode Minha viola é a verdade uma espada contra o mal Que corta pelas raízes mentiras de um tribunal. As água correm pro mar, a poesia em minha mente Meu pagode vai acalmar a fúria de muita gente Eu tranquei com sete chaves todos os versos que são meus Somos três inseparáveis, Deus e viola e eu.