O sertanejo já velho; sou eu cortando caminho, Esse viola em meus braços é meu cajado de pinho A natureza é meu templo a onde eu rezo sozinho Eu faço parte da terra E lá na fenda serra onde eu tenho meu ninho. Eu sou a crosta encebada do próprio capim gordura Eu sou suor gotejando nas bica da pinga pura - No brejo o barro amassado na trilha da saracura E esse barro sou eu A própria cópia de deus e a natureza é a moldura Ante de deus eu sou tudo, perante o mundo sou nada Me julgo filho adotivo da estrela dalva encantada Que vem puxando as estrelas no estrada azulada A candieira do espaço Chega dormir nos meus braços no quarto da madrugada. São tantas coisas bonitas que a natureza inspira A onde eu moro tão quieto e nem o silencio respira Eu sou a copia do mundo, o jeito que a terra gira O meu conselho é certeiro Na hora do desespero consulte sempre um caipira.