Agora sem ter voz eu canto Sem coragem me levanto Minha fé não é num santo Nem me enrolo num manto Fingindo que não fingia Me inspirou a capoeira O velho, a mulher, a madeira Quando entrei na cachoeira Foi pra escapar da ladeira Em que minha vida descia Não esperei pelo dia Que chegasse a valentia Sentado debaixo da sombra Onde o sabiá assobia E se eu andasse direito Endireitando meu peito Esse lugar escolhia Pra não pensar mais em nada Me transformei na risada Quando ninguém se entendia Chorando abri minha guarda Abandonando a farda Que o meu pecado escondia E se sentir importante Te deixa deselegante E se sentir importante Me deixa deselegante E se sentir importante Nos deixa deselegantes