Pelas frestas entra a luz que me faz acordar Perto do capacho várias contas pra pagar Sem mulher pra tirar sarro, sem o troco pro cigarro A cabeça, a garrafa e a barriga bem vazias A ressaca que aumentou o mar A areia branca a me queimar Pés descalços, dia abre o céu Quem não nada, vai com a maré Sol a pino desatina nesse vai e vem Sol que é pra todos e bronzeia quem mais tem Mesmo a praia sendo abrigo, minha vida é um castigo Sirvo a diversão alheia que finge não ver minha agonia