Cab

Insônia Beings Pt. 1

Cab


Só tô esperando uma desculpa tru
O papo é reto e queima a boca
Moça linda e dança bem
Mas puta cabecinha oca
E eu pilhado
Meu irmão já cantou a bola
Que se hoje eu bato gritando
É porque já apanhei calado
Desfragmentado tio, tirando
Um jiu com meu amor próprio
Eu tô tão perto do sucesso
E tão longe de estar sóbrio
A ponto de matar eu juro
Pra ver quando é que eu morro
Meu sorriso já não é puro
Isso é um pedido de socorro

Eu me arrasto nesse escuro e a chama fica acesa
Pelas vez que eu pulei muro
Fui na bica ou tomei breja
Conversando em gírias
Bater das cinzas
De que adianta saber línguas
Se no fim nenhuma expressa com clareza
Eu sei lá
Mas é o que eu sai cês vão escutar
Cês vão ter que engolir meu sangue até minhas veia estoporar
Mas que tipo de pessoa vou me tornando?
Se eu pegar o mic pra mentir dizer que eu não dormi chorando
Só me dá meu Don Patron afoga minhas memórias
Que o vício é tagarela, mó contador de história
Ele inibe sua postura e a sua censura me revista
Pra sua ditadura eu sou pintura renascentista

Intocável
E o fim dos meus é lamentável
Mas se for pra chorar litros
Vou fazer ser calculável
Então baixa essa bola e dá meus ouro
Nóis é preto e depressivo e se tem caixa eu dou no coro
Tó, tenta
Ou cês me paga ou cês se aposenta
Mano ultimamente eu tô mó anos 90
Na do plano real me dá a Jasmine que tem B.O
Que eu á sou pobre, sou sultão e gênio em um pretinho só
Enjoado de exalar saudade líquida
Essa boca sabe me chupar
Igual sabe ser ríspida

E eu brigando com meu inimigo em vão
Discutindo sozinho pensando se te ligo ou não
Meu amor é tempestade o ódio age em pânico
Isso exige sacrifício
Nego pensa que é satânico
Meu amor é tempestade o que eu fumo é orgânico
E o que eu bebo é mais ou menos o que é o oceano atlântico
Mas isso é vida e eu tomando do gargalo
Você rindo agindo como se entendesse do que eu falo
Só porque tá quieto
Acha que tá isento?
Comer do bolo é fácil, conta quantos fez o corre do fermento
Poucos, socos
Em queixo frágil e boca larga
Num é ter medo de polícia
Isso aqui é ter nojo de farda

Não importa quantos matem quantos morrem, não resolve!
A base é enfrentar a base na base de molotov
Quantos dos seus que luta pela mesma causa?
Quantos dos seus que sempre põe a vida em pausa?
Quantos vê a verdade nua?
Quantos meus morrem na rua
Por tá sob a luz da Lua com as mãos no bolso da calça
Eu fui feito no inferno com uma maga sonserina
Numa noite de inverno filho de praga divina
Eu nunca fui de usar terno mas se for pra ser moderno
Os nego saca de três peça e faz cês descer do livina
Isso te espanta então é melhor não dar vacilo
Sou leão e as hienas jantam só quando eu tirar um cochilo
Pra vocês não provo nada, dá o copo e abre um maço
Dão valor nem pro que eu sinto vão valorizar o que eu faço?
Me poupa, num tô por ratazana e roupa
Tô pra ser o microfone e o fone embaixo da tôca
Eu quero um cachê mas nóis tá nisso por inteiro
Com grana ou sem grana acima do conceito de dinheiro

Sente o manto, a veste é uma bandeira de pirata
DMG, esconde no pé e te desacata
Arte incorpórea, cada letra um sacrossanto
E a metáfora com Deus é que eu abençoo com algum flow sempre que eu canto
Mas não se ilude isso aqui é preto com atitude
Naipa Frederick Douglass com arrogância de Ice Cube
Cês não pega pelo YouTube mas tá bom se te preenche
Rima nobre, dog loko
Pelo nome nóis num atende

Cê quer falar igual eu falo mas nunca passa o que eu passo
O traje é preto e a pele é igual um buraco no espaço
Faz até conta e não pega faz de profeta e me prega
Rima que é santa e levanta é o que preto é vanta e te cega
É o 762 com balaclava
Foram cultivar vulcão agora vão nadar na lava
O que que cê esperava neguim?
O governo me criou pra depois não ligar pra mim
Agora é isso, sua risada à toa é fala mansa
Quis foder com a liberdade agora lida com a criança
Zé ruela