Só tô esperando uma desculpa tru O papo é reto e queima a boca Moça linda e dança bem Mas puta cabecinha oca E eu pilhado Meu irmão já cantou a bola Que se hoje eu bato gritando É porque já apanhei calado Desfragmentado tio, tirando Um jiu com meu amor próprio Eu tô tão perto do sucesso E tão longe de estar sóbrio A ponto de matar eu juro Pra ver quando é que eu morro Meu sorriso já não é puro Isso é um pedido de socorro Eu me arrasto nesse escuro e a chama fica acesa Pelas vez que eu pulei muro Fui na bica ou tomei breja Conversando em gírias Bater das cinzas De que adianta saber línguas Se no fim nenhuma expressa com clareza Eu sei lá Mas é o que eu sai cês vão escutar Cês vão ter que engolir meu sangue até minhas veia estoporar Mas que tipo de pessoa vou me tornando? Se eu pegar o mic pra mentir dizer que eu não dormi chorando Só me dá meu Don Patron afoga minhas memórias Que o vício é tagarela, mó contador de história Ele inibe sua postura e a sua censura me revista Pra sua ditadura eu sou pintura renascentista Intocável E o fim dos meus é lamentável Mas se for pra chorar litros Vou fazer ser calculável Então baixa essa bola e dá meus ouro Nóis é preto e depressivo e se tem caixa eu dou no coro Tó, tenta Ou cês me paga ou cês se aposenta Mano ultimamente eu tô mó anos 90 Na do plano real me dá a Jasmine que tem B.O Que eu á sou pobre, sou sultão e gênio em um pretinho só Enjoado de exalar saudade líquida Essa boca sabe me chupar Igual sabe ser ríspida E eu brigando com meu inimigo em vão Discutindo sozinho pensando se te ligo ou não Meu amor é tempestade o ódio age em pânico Isso exige sacrifício Nego pensa que é satânico Meu amor é tempestade o que eu fumo é orgânico E o que eu bebo é mais ou menos o que é o oceano atlântico Mas isso é vida e eu tomando do gargalo Você rindo agindo como se entendesse do que eu falo Só porque tá quieto Acha que tá isento? Comer do bolo é fácil, conta quantos fez o corre do fermento Poucos, socos Em queixo frágil e boca larga Num é ter medo de polícia Isso aqui é ter nojo de farda Não importa quantos matem quantos morrem, não resolve! A base é enfrentar a base na base de molotov Quantos dos seus que luta pela mesma causa? Quantos dos seus que sempre põe a vida em pausa? Quantos vê a verdade nua? Quantos meus morrem na rua Por tá sob a luz da Lua com as mãos no bolso da calça Eu fui feito no inferno com uma maga sonserina Numa noite de inverno filho de praga divina Eu nunca fui de usar terno mas se for pra ser moderno Os nego saca de três peça e faz cês descer do livina Isso te espanta então é melhor não dar vacilo Sou leão e as hienas jantam só quando eu tirar um cochilo Pra vocês não provo nada, dá o copo e abre um maço Dão valor nem pro que eu sinto vão valorizar o que eu faço? Me poupa, num tô por ratazana e roupa Tô pra ser o microfone e o fone embaixo da tôca Eu quero um cachê mas nóis tá nisso por inteiro Com grana ou sem grana acima do conceito de dinheiro Sente o manto, a veste é uma bandeira de pirata DMG, esconde no pé e te desacata Arte incorpórea, cada letra um sacrossanto E a metáfora com Deus é que eu abençoo com algum flow sempre que eu canto Mas não se ilude isso aqui é preto com atitude Naipa Frederick Douglass com arrogância de Ice Cube Cês não pega pelo YouTube mas tá bom se te preenche Rima nobre, dog loko Pelo nome nóis num atende Cê quer falar igual eu falo mas nunca passa o que eu passo O traje é preto e a pele é igual um buraco no espaço Faz até conta e não pega faz de profeta e me prega Rima que é santa e levanta é o que preto é vanta e te cega É o 762 com balaclava Foram cultivar vulcão agora vão nadar na lava O que que cê esperava neguim? O governo me criou pra depois não ligar pra mim Agora é isso, sua risada à toa é fala mansa Quis foder com a liberdade agora lida com a criança Zé ruela