E se eu bebo já nem me importo, busco soluções Deixando um pouco mais de mim, eu me sinto sozin Eu quero mais de mim, eu e minhas contradições Meu é só o que eu tenho, o resto sos ilusões Eu já nem comemoro mais o meu dia dos pais Pô, seu Altemar, ô, onde cê se meteu? Não ver teu filho ser capaz e sair nos jornais Foto nas redes sociais não alimenta o amor Não tive você do meu lado, tuas fotos no álbum Meu nome conta minha história, é autobiográfico Tenho medo, é lógico, de ser tão pacífico Mas sinto que no mínimo também posso ser desaforado Eu aprendi a namorar sem ele Aprendi a dirigir sem ele A fazer a barba sem ele A brigar sem ele Eu tive quatorze, quatorze aniversários sem ele Ele jamais me mandou uma porcaria de cartão Vai pro inferno! Perdi as conta há tantos meses, juro, eu confesso Que eu pensei em você às vezes, juro que eu me esqueço Me questionando sobre o amor e se ainda mereço Um amor de pai desses que eu ainda desconheço E lá de onde eu venho vários são meus semelhantes Playboy pra mim sempre foi quem tinha seu pai em casa Eles falavam como se essa merda fosse tudo E ter que esse tudo podia ser bem melhor do que nada Não fui no jogo do timão contigo Nunca te chamei de amigo Quando me senti em perigo não fui te ligar Nunca foi jogar comigo Nunca foi correr comigo Mas também não vai dizer Que me viu crescer e se orgulhar Eu nunca precisei dele e não preciso agora É, Will Não, e sabe o quê mais tio Phill? Eu vou me formar sem ele Eu vou arrumar um bom emprego sem ele Eu vou casar com uma mulher legal Eu vou ter um monte de filhos E eu vou ser um pai muito melhor do que ele foi Eu não vou precisar dele pra isso Porque ele não teria porcaria nenhuma Pra me ensinar sobre como se ama um filho! Por que que ele não liga pra mim?