Não há nada mais triste no mar Que um navio em despedida Olga E levando pra bem longe, sepultar As esperanças de uma vida Olga A prisioneira vai trancada num navio Deixando pra trás O amor e o desafio Sem ter a quem desabafar seu coração Sozinha, acuada Jogada no porão Não há nada mais doce no mar Que o Sol, no fim do dia Olga Mergulhando, pra ver Olga relaxar Da tensão que se aluvia Olga A guerrilheira, cai A vida, por um fio Mas resiste à rendição, aceso o pavio Sem ter do que se arrepender Na luta, não Sabendo que o futuro vai dar razão Não há nada mais triste no mar Que um navio em despedida Olga