As dunas em meu peito, atravessei sozinho Marés de solidões, rosas sentiu seus espinhos Feriu além das mãos, um pobre coração vadio Enquanto as horas voam, pássaros retornam ao ninho Lá se vão os anos, alguns planos e caminhos Sonhos que modificamos, pra criarmos nossos filhos Quem diria lição além da própria vida Renascer a cada dia, evoluir com nossa cria Pra entender e justificar a rotina Te envolver em minha volta, até enfim fora partida Sois sol pra mim, por sóis enfim Luz que irradia vida refletindo aquarelas Flor de lis você pode ir à janela e se debruçar Em canções enquanto espera Nossa vontade deu empate, mato a saudade E antes que ela nos mate, que o amor nos arrebate A cada passo, compondo o compasso Durante a madrugada nossos corpos ocupando o mesmo espaço Me entrelaço a poesias, entre laços preso aos dias Dando voz ao movimento que alimenta ao respirar, você me inspira Nessa tarde enquanto uma tempestade de areia castigava a cidade, eu encontrei o meu oásis Por amar de mais talvez mereça a solidão Eu não fui capaz de acorrentar meu coração (então) Livre deixo estar liberto da amargura Sentir o vento soprar provando d'agua mais pura As dores que carrego são por sustentar vaidades Abandonei lembranças, dando espaço pra saudades O sol do meio dia iluminando a flor da idade O amor será mentira enquanto o ódio for a verdade