Sangra covardemente, sangra com culpa Engole teu sangue, sente o gosto do veneno Pulsa sem vida, fria desgraça De carne e osso Fria carcaça de tantos nomes Cura que mata, repele o calor Distinto odor que hipnotiza Abre os portais, me faz o seu servo Mas quando a porta bater e o carro ligar E o suor rasgar o meu rosto, a cólera vai voltar Juras, indagação, a velha tortura Não verbal De joelhos, acabado Eu peço sorrindo, apavorado Naquele beijo meu ultimo desejo Sangra, sangra covardemente Sangra que teu sangue é meu