Bruno e Marrone

Pot-pourri de Guaranias

Bruno e Marrone


Doente de amor
Procurei remédio na vida noturna
Com a flor da noite
Em uma boate aqui na zona sul

A dor do amor é com outro amor
Que a gente cura
Vim curar a dor desse mal de amor
Na boate azul

E quando a noite vai se agonizando
No clarão da aurora
Os integrantes da vida noturna
Se foram dormir

E a dama da noite que estava comigo
Também foi embora
Fecharam-se as portas
Sozinho de novo tive que sair

Sair de que jeito se nem sei o rumo
Para onde vou
Muito vagamente me lembro que estou
Em uma boate
Aqui na zona sul

Eu bebi demais
E não consigo me lembrar sequer
Qual era o nome daquela mulher
A flor da noite da boate azul

Hoje meus dias são de tristeza e solidão
Trago em minh'alma uma profunda conformação
Renunciei meu grande amor um dia
Nos braços dela em que tão triste eu dizia
Beijando os lábios do meu amor com frenesi
Não chores por favor, porque preciso partir

Esse foi o meu último beijo
Satisfiz o meu desejo
O pior foi te perder
Resignemos oh! querida
Não lamentemos a vida
Nosso destino é sofrer

Saudade palavra triste
Quando se perde um grande amor
Na estrada longa da vida
Eu vou chorando a minha dor

Igual uma borboleta
Vagando triste por sobre a flor
Teu nome sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for

Você nem sequer se lembra
De ouvir a voz deste sofredor
Que implora por seus carinhos
Só um pouquinho do seu amor

Meu primeiro amor
Tão cedo acabou
Só a dor deixou
Nesse peito meu

Meu primeiro amor
Foi como uma flor
Que desabrochou
E logo morreu

Nessa solidão
Sem ter alegria
O que me alivia
São meus tristes ais

São prantos de dor
Que dos olhos cai
É por que bem sei
Quem eu tanto amei
Não verei jamais